Café, MPB e Poesia ♥

É, quem dizia mais te amar foi o primeiro a te deixar. Comum isso, né? Um mundo em que palavras são ditas da boca pra fora, e que amor e amigos tem pouco valor perante ao desejo de "ser mais".

Não se engane com essa de muitos amigos, ou de ter quase 5 mil amigos no facebook. Isso são números, perfis, não são amigos. E conhecidos são uma coisa totalmente diferente. Amigo é quem está lá quando precisar, não só nas horas boas. Acreditem, amigos se contam nos dedos de uma mão só e nem dá para completá-la.

E eu não falo sobre pessoas falsas só porque não tenho tantos amigos assim. É porque sim, eu ouvi palavras ditas com carinho de pessoas que me deixaram sozinho. Pessoas que não me acompanharam quando precisei, pessoas que gostavam de ver a decadência dos "amigos". Pessoas que me roubaram e eu nem suspeitava.

Me distanciei de tanta gente querida por motivos bobos. A gente nunca sabe quem é de verdade e quem é de mentira, então as vezes fazemos as escolhas erradas e nos arrependemos. Mas a saudade não é nada perto do orgulho. Ah, o orgulho. Esse é maior que qualquer sentimento que já passou.

E sempre que eu supostamente perco um amigo, logo me vem na cabeça em arrumar outro para suprir. Mas porque? Aliás, pra quê? Porque nós mesmos nunca somos suficientes?
Mas ultimamente eu estou sendo obrigado a me aceitar como sendo suficiente para o meu eu. Tenho olhado para as pessoas mundo afora, e não tenho visto nada de bom nelas. Nada que me acrescente, que me faça ser uma pessoa melhor. Pessoas para te atrasar sempre têm, mas para te fazer progredir, ah, essas infelizmente estão em falta.

Minhas lagrimas já não rolam o rosto.

E seu nome eu grito daqui do fundo do poço.

Você pode me escutar?

Pois ainda quero chorar!

Sinto falta do seu modo de me amar.

Sinto falta do fogo que me incendiava, quando nossos olhares se encontravam.

Cadê você?

Onde posso te encontrar?

Por que você não vem me buscar?

Porém em meio a duvida, nunca deixe de me amar.

Jogada ao chão,
Se debatendo, pedindo perdão.
Correndo perdidamente na escuridão.
Porém, não brinque com seu coração.
Pois, ela não merece tanta ingratidão,
- Ei menina! - gritava a solidão.
A menina corria sem direção.
- Não tenha medo! Posso ser sua salvação! - falava a morte com diversão.
A frágil menina já não via outra opção em meia tanta confusão.
Fecha os olhos e sonha com a piedade em meia aquela brutalidade.
Ela temia a verdade, depois de tanta falsidade.
Ela sorria de felicidade, quando via a claridade.

- Beatriz Affonso.